O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que a ofensiva militar na Faixa de Gaza continuará, independentemente de um eventual acordo de cessar-fogo com o grupo terrorista Hamas. A afirmação reforça a posição do governo israelense de manter a incursão terrestre, que já está em andamento com tanques se aproximando da Cidade de Gaza. Netanyahu foi enfático ao dizer que Israel “não voltará atrás” com a operação, aprovada há dez dias pelo Conselho de Segurança Nacional do país.
A decisão visa desmantelar o que Israel considera o último grande reduto do Hamas. No entanto, essa postura gera divisões dentro de Israel, onde familiares de reféns temem que a escalada do conflito represente uma “sentença de morte” para os sequestrados. Paralelamente à intensificação militar, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente um cenário de fome em larga escala na Faixa de Gaza, o primeiro a ser registrado no Oriente Médio, com 20% da população enfrentando escassez extrema de alimentos.
A combinação da ofensiva militar contínua com a crise humanitária agrava a situação dos civis na região. O governo de Israel nega as acusações de que esteja impedindo a entrada de ajuda humanitária e critica a ONU por supostamente ter alterado seus critérios com um “viés anti-sionista”. A taxa de mortalidade por inanição atinge duas pessoas para cada 10 mil habitantes diariamente, refletindo a gravidade da situação.