O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nesta segunda-feira (4) que dará instruções sobre a continuidade da guerra na Faixa de Gaza ainda esta semana. A declaração ocorre em meio a crescente pressão interna e internacional para encerrar o conflito e garantir a libertação dos reféns, que estão em cativeiro há 22 meses. O ministro das Relações Exteriores, Gideon Saar, enfatizou a necessidade de colocar a questão dos reféns na agenda internacional, em um momento em que o Conselho de Segurança da ONU se prepara para discutir o tema.
Durante uma sessão do Conselho de Ministros, Netanyahu reafirmou os objetivos da guerra, que incluem derrotar o Hamas, libertar os reféns e garantir a segurança de Israel. A pressão sobre seu governo aumentou, com cerca de 600 ex-funcionários de segurança, incluindo ex-chefes do Mossad e do Shin Bet, pedindo ao presidente dos EUA, Donald Trump, que intervenha para pôr fim ao conflito. Eles alertaram que a continuidade da guerra pode levar à morte dos reféns e à ruína de Israel.
A situação humanitária em Gaza se agrava, com o Hamas exigindo a abertura de corredores humanitários para o envio de alimentos e medicamentos. Enquanto isso, o exército israelense continua suas operações, resultando em mais mortes de palestinos. A comunidade internacional tem pressionado Israel a permitir a entrada de ajuda humanitária, que é considerada insuficiente pela ONU. O conflito, que começou após um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, já resultou na morte de dezenas de civis e na intensificação da crise humanitária na região.