O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o presidente francês, Emmanuel Macron, de ‘alimentar o fogo antissemita’ na França em uma carta enviada nesta terça-feira (19/8). A declaração de Netanyahu ocorre após Macron anunciar que a França reconhecerá oficialmente a Palestina em setembro, durante a 80ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas. O líder israelense expressou sua preocupação com o aumento do antissemitismo no país e solicitou que Macron tome medidas antes do Ano Novo Judaico, em 23 de setembro de 2025.
Na correspondência, Netanyahu destacou que o antissemitismo tem se intensificado na França, citando incidentes de violência e vandalismo contra judeus. Ele argumentou que as declarações públicas de Macron sobre o reconhecimento da Palestina têm contribuído para essa escalada de hostilidade. O primeiro-ministro israelense pediu uma ação decisiva do governo francês para combater essa situação alarmante, que ele considera uma praga.
Em resposta, o Palácio do Eliseu qualificou as acusações de Netanyahu como ‘errôneas e repugnantes’, afirmando que a França sempre protegerá seus cidadãos judeus. A tensão entre os dois líderes reflete um contexto mais amplo de conflitos geopolíticos e a crescente polarização em torno da questão palestina, com outros países também manifestando apoio ao reconhecimento do Estado da Palestina, enquanto Israel mantém sua posição firme contra o Hamas.