Nayib Bukele tomou posse para seu segundo mandato como presidente de El Salvador nesta quinta-feira (31), após a Assembleia Legislativa aprovar um projeto de lei que permite a reeleição presidencial por tempo indeterminado e aumenta o mandato de cinco para seis anos. A proposta, que também elimina o segundo turno nas eleições, foi aprovada em uma votação acirrada, com 57 votos a favor e 60 contra, em um Parlamento dominado por aliados do presidente.
A nova legislação, que altera a Constituição, foi apresentada e aprovada em questão de horas, contornando a proibição de reeleição imediata que existia até então. A manobra foi facilitada pela destituição do procurador-geral e de cinco juízes da Câmara Constitucional da Suprema Corte, que permitiram a candidatura de Bukele, desde que ele se licenciasse do cargo antes do início da campanha.
A deputada governista Ana Figueroa defendeu a medida, afirmando que busca igualar as regras de reeleição entre diferentes cargos políticos. No entanto, a oposição, representada pela deputada Marcela Villatoro, criticou a decisão, afirmando que a democracia no país foi comprometida. Bukele, que tem se autodenominado 'o ditador mais descolado do mundo', mantém alta aprovação popular, impulsionada por políticas de segurança controversas que incluem prisões em massa e são alvo de denúncias de violações de direitos humanos.