Mais de 60 migrantes perderam a vida no sábado (02) após o naufrágio de um barco no Golfo de Áden, na costa sul do Iémen, conforme informou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) neste domingo (03). A embarcação transportava cerca de 150 pessoas, a maioria etíopes, que tentavam alcançar a Arábia Saudita por uma das rotas migratórias mais perigosas do mundo.
Pelo menos 12 sobreviventes foram resgatados, enquanto outras pessoas permanecem desaparecidas. Autoridades locais alertam que o número de mortos pode aumentar com a chegada de mais corpos à costa. A travessia entre o Chifre da África e o Iémen é parte da chamada Rota Oriental, utilizada por migrantes em busca de melhores condições de vida, fugindo de crises humanitárias em seus países de origem.
Abdul Kader Bajamel, autoridade de saúde em Zinjibar, informou que os corpos das vítimas foram levados para hospitais da região, mas os necrotérios estão sobrecarregados. Para evitar uma crise ambiental, o governador de Abyan ordenou enterros imediatos e a formação de um comitê de emergência para localizar os desaparecidos. O hospital local atendeu 11 sobreviventes, que já receberam alta após os primeiros socorros.
A OIM destacou que este trágico incidente evidencia a necessidade urgente de mecanismos de proteção mais eficazes para migrantes, frequentemente explorados por contrabandistas. A organização também observou que dezenas de milhares de pessoas tentaram realizar essa travessia no último ano, ressaltando a gravidade da situação enfrentada por esses migrantes.