As ações da Natura (NATU3) se destacam no mercado financeiro ao atingirem uma taxa de aluguel de 25,31% na última quinta-feira, 21 de agosto. Esse índice é significativamente superior ao da Raízen (RAIZ4), que ocupa a segunda posição com 18,02%. Segundo o Bradesco BBI, essa alta reflete a percepção dos investidores sobre um cenário desafiador para os resultados da varejista, especialmente devido à desaceleração das receitas no Brasil e às normalizações em mercados como México e Argentina.
O aluguel de ações permite que investidores que possuem papéis em carteira emprestem esses ativos a outros investidores mediante o pagamento de uma taxa. A demanda por esses empréstimos influencia diretamente a taxa cobrada, sendo que os “doadores” geralmente são investidores de longo prazo. A operação doméstica da Natura representa cerca de 60% das vendas, o que torna sua dinâmica crucial para a sustentação da tese de investimento baseada em margens e geração de caixa.
No longo prazo, analistas acreditam que a Natura apresenta um valor potencial a ser desbloqueado, desde que seu balanço consolidado e fluxo de caixa estejam alinhados aos números da Natura Cosméticos. Essa reclassificação estrutural dos múltiplos será fundamental para o futuro desempenho das ações da empresa no mercado.