O Mütter Museum, na Filadélfia, EUA, está no centro de um debate ético sobre a conservação e exposição de restos humanos, incluindo gêmeos siameses e partes do cérebro de Albert Einstein. Com uma coleção de 35.000 peças, a instituição lançou o Post Mortem Project para refletir sobre como apresentar seus exemplares, muitos adquiridos sem consentimento. A polêmica se intensificou após a remoção de vídeos do YouTube, levando a uma petição com mais de 35.000 assinaturas pedindo a demissão da ex-diretora Kate Quinn.
A nova direção do museu busca engajar o público em discussões sobre a ética na apresentação de restos humanos, um tema que ressoa com outras instituições ocidentais que enfrentam dilemas semelhantes. Recentemente, o Mütter recuperou 80% dos vídeos removidos, mas ainda existem questões desafiadoras sobre como lidar com peças anônimas da coleção. A ativista do grupo Protect the Mütter destaca a importância de exibir esses itens com respeito e contextualização histórica.
A controvérsia no Mütter Museum reflete um movimento mais amplo em direção à responsabilidade ética nas exposições museológicas. À medida que as instituições culturais reavaliam suas práticas, o caso do Mütter pode servir como um exemplo para outras organizações enfrentarem dilemas semelhantes sobre a representação e o respeito às histórias das pessoas cujos restos estão em exibição.