Quando se fala em carros esportivos, dois nomes imediatamente vêm à mente: Ford Mustang e Chevrolet Corvette. Símbolos de liberdade, juventude e potência, esses modelos marcaram gerações e ajudaram a construir a identidade automotiva dos Estados Unidos. A rivalidade entre eles começou nas décadas de 1950 e 1960, quando o mercado americano buscava um carro esportivo que pudesse competir com os europeus. O historiador e colecionador de automóveis clássicos, Mauricio Marx, explica que essa competição não se limitou às pistas, mas foi impulsionada por um contexto histórico em que os Estados Unidos tentavam consolidar sua própria identidade no setor. O primeiro Corvette chegou ao mercado em 1953, enquanto o Mustang foi lançado em 1964, após a Ford perceber a necessidade de um carro esportivo para rivalizar com a Chevrolet. O impacto do Mustang foi imediato, com mais de 22 mil unidades vendidas no primeiro dia e um recorde de 418 mil carros produzidos no ano de seu lançamento. Essa rivalidade também ecoou no Brasil, onde pilotos adaptavam motores dos dois modelos em carros europeus, criando uma cultura automobilística única. Apesar das diferenças em suas propostas, Mustang e Corvette se tornaram ícones que definiram o automobilismo e a cultura popular.