Dados do Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) revelam que, em Itapetininga, 41% dos motoristas são mulheres, totalizando 35.493 condutoras. Dentre elas, 6.254 atuam como motoristas profissionais, possuindo a identificação EAR (exerce atividade remunerada) em suas carteiras de habilitação. Em 2023, foram emitidas 2.691 CNHs para mulheres na cidade, com um aumento no número de habilitações nas categorias D e E em comparação ao ano anterior.
Camila Grace Rodrigo, de 35 anos, é uma das motoristas que desafiam o preconceito e conquistam seu espaço nas estradas. Atuando como carreteira há quatro anos, ela já percorreu diversas regiões do Brasil, transportando materiais como dolomita e calcário. Apesar do apoio inicial limitado de sua família, Camila perseverou em sua carreira, destacando a importância de não se deixar abater pelas críticas e desafios enfrentados como mulher no setor.
Outro exemplo é Daniela Silva Santos, também de 35 anos, que trabalha no transporte coletivo. Ambas compartilham experiências de preconceito, como situações em que motoristas homens demonstram descontentamento ao ver mulheres ao volante. Camila enfatiza que, apesar das dificuldades, as mulheres estão cada vez mais presentes em profissões tradicionalmente masculinas, provando sua capacidade e competência no setor.
As motoristas enfrentam desafios diários, incluindo questões de segurança e higiene nas estradas. Camila, por exemplo, relata a necessidade de manter a cautela ao dirigir, sempre pensando em sua família. Elas representam uma nova geração de motoristas que, além de conquistar seu espaço, inspiram outras mulheres a seguir seus sonhos no volante.