Uma pesquisa realizada pela Organização Social Poiesis revelou que 70% dos leitores nas Fábricas de Cultura de São Paulo são mulheres jovens. O estudo, que abrangeu oito unidades entre janeiro de 2024 e junho de 2025, destaca a diversidade literária nas periferias, onde os frequentadores demonstram interesse por gêneros variados, como mangás, literatura negra e clássicos da literatura mundial.
O levantamento mostrou que a média mensal de empréstimos por biblioteca foi de 197, com obras que vão desde os contos de horror de Junji Ito até clássicos de Fiódor Dostoiévski e William Shakespeare. A pesquisa também evidenciou que as escolhas literárias refletem um gosto diversificado e complexo, desafiando estereótipos sobre os hábitos de leitura nas comunidades periféricas.
As Fábricas de Cultura se destacam como espaços estratégicos para ampliar o acesso ao livro e promover a representatividade cultural. Com ações que incluem oficinas e rodas de conversa, essas bibliotecas não apenas disponibilizam livros, mas também integram a literatura ao cotidiano dos frequentadores, reafirmando o direito ao acesso à leitura e à cultura em um contexto muitas vezes elitizado.