Uma mulher foi presa em flagrante em Mossoró, no Rio Grande do Norte, no dia 20 de agosto, após se passar por diferentes autoridades do sistema de Justiça utilizando documentos falsos. Identificada como Célia Soares de Brito, ela alegava ocupar cargos que iam de promotora e desembargadora a chefe da Interpol. Durante uma viagem em um carro de aplicativo, Célia apresentou versões contraditórias sobre sua identidade, o que levantou suspeitas do motorista, que acionou a Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Os agentes da PRF encontraram documentos com indícios claros de falsificação, incluindo uma carteira da OAB sem chip e um suposto certificado de posse em cargo público. A inscrição da OAB utilizada por Célia pertencia a um advogado regularmente cadastrado no Paraná. Após a abordagem, ela foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil de Mossoró, onde a fraude foi confirmada e seu celular apreendido. A mãe e a filha de Célia foram liberadas após prestarem depoimento.
Na audiência de custódia realizada no dia seguinte, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte concedeu liberdade provisória a Célia mediante o pagamento de fiança equivalente a dois salários mínimos. Além disso, foram impostas medidas cautelares, como a proibição de mudança de endereço sem autorização judicial e a obrigação de comunicar à Justiça qualquer ausência superior a oito dias. A Polícia Civil continua investigando o caso para verificar se Célia já havia utilizado suas credenciais falsificadas em outras situações.