Kelly, uma mulher de 24 anos, compartilha sua dolorosa experiência de abuso sexual durante um voo da Qatar Airways de Doha para Londres, ocorrido em setembro de 2024. Após adormecer em um voo lotado, ela foi acordada por um homem de 60 anos que a agrediu sexualmente. O agressor foi preso e condenado a seis anos e meio de prisão, mas Kelly enfrenta um novo desafio: a luta por indenização do governo britânico, que negou seu pedido alegando que o crime ocorreu em uma aeronave com matrícula do Catar.
A negativa do governo britânico se baseia nas diretrizes do Plano de Compensação por Danos Criminais (Cics), que considera apenas aeronaves com matrícula britânica como locais relevantes para indenização. Apesar da condenação do agressor, Kelly se sente desamparada e sem apoio financeiro para arcar com terapias necessárias após o trauma. Seus advogados argumentam que a legislação atual é injusta e pedem mudanças para que vítimas de crimes em voos internacionais possam reivindicar compensação.
Além de buscar justiça pessoal, Kelly decidiu falar publicamente sobre sua experiência para alertar outras mulheres sobre os riscos durante viagens. Ela enfatiza a importância de estar atenta ao ambiente ao viajar sozinha. O caso destaca não apenas a necessidade de suporte às vítimas, mas também a urgência de revisar as leis que regem a compensação por danos em situações como essa, para garantir que todas as vítimas recebam o apoio necessário.