A revista Forbes destaca uma transformação significativa na preservação de patrimônio, com a ascensão das chamadas "cidades-refúgio". Essas localidades, que combinam eficiência tributária e estabilidade política, estão se tornando essenciais para investidores que buscam segurança e previsibilidade em um cenário de reformas tributárias globais e crescente vigilância internacional. O estudo da Multipolitan, plataforma de migração global, aponta que a gestão de capital agora exige uma abordagem mais estratégica, onde a geografia desempenha um papel crucial.
Tradicionalmente, a construção de riqueza se baseava na busca por países com baixos impostos e sigilo financeiro. No entanto, com a implementação de regulamentações como o Common Reporting Standard (CRS) e a Lei de Conformidade Tributária de Contas Estrangeiras (FATCA), o foco mudou. Agora, a atratividade por estruturas offshore diminui, e a necessidade de decisões mais informadas e estratégicas se torna evidente. A tecnologia, por meio de ferramentas como a Resident Tax, também está facilitando a gestão tributária, permitindo um mapeamento em tempo real da residência fiscal dos indivíduos.
Cidades como Zug e Basileia, na Suíça, se destacam como os principais destinos para a preservação de riqueza, oferecendo uma combinação de solidez econômica e qualidade de vida. Segundo Dan Marconi, Head de Partnerships da Multipolitan, Zug lidera o ranking devido ao seu conservadorismo monetário e à neutralidade legal, que garantem proteção ao capital. A mobilidade global, antes vista como um privilégio, agora se transforma em uma estratégia de planejamento patrimonial, com famílias de alta renda adotando "portfólios de liberdade" para mitigar riscos em tempos de incerteza.