O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitou à Justiça o bloqueio de até R$ 3 milhões em bens do empresário Renê da Silva Nogueira, investigado pela morte do gari Laudemir de Souza Fernandes. Nogueira confessou o crime durante um interrogatório e, segundo a polícia, disparou a arma em uma discussão de trânsito. O MP também incluiu a esposa do suspeito, uma delegada da Polícia Civil, no pedido, alegando que ela é responsável pela arma utilizada no homicídio.
O pedido de bloqueio é justificado pela preocupação com a possibilidade de o casal desviar parte de seu patrimônio diante da repercussão do caso. O MPMG argumenta que o padrão de vida do casal, evidenciado nas redes sociais, sugere que eles têm capacidade financeira para arcar com uma indenização significativa. A polícia indiciou Nogueira por homicídio duplamente qualificado, porte ilegal de arma e ameaça, após ele ter sido preso enquanto se exercitava em uma academia em Belo Horizonte.
O crime ocorreu quando Nogueira ameaçou atirar na motorista de um caminhão de lixo que obstruía o trânsito. Ao defender a colega, Laudemir foi atingido por um disparo e não sobreviveu. O empresário está preso preventivamente desde a semana passada e sua defesa anterior se retirou do caso, complicando ainda mais sua situação legal.