O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ampliou as investigações sobre um esquema de corrupção e fraudes fiscais que beneficiou grandes varejistas como Ultrafarma e Fast Shop. Segundo revelou o Fantástico, da TV Globo, ao menos cinco novos auditores fiscais estão sob apuração por suposto envolvimento nas irregularidades, enquanto o MP rastreia todos os clientes atendidos pelos dois auditores já presos, Artur Gomes da Silva Neto e Marcelo de Almeida Gouveia, apontados como operadores-chave da engrenagem de restituições fraudulentas de ICMS.
Além dos auditores já detidos, o MP-SP identificou pelo menos quatro novas empresas que estão na mira dos investigadores, incluindo a Oxxo, a Rede 28 Postos de Combustíveis e a Allmix Distribuidora. Apesar das menções, os promotores ainda não detalharam os vínculos formais dessas companhias com os auditores nem solicitaram mandados de busca ou prisão contra seus representantes. O promotor João Ricupero destacou que o esquema pode ser mais amplo do que inicialmente pensado.
A Justiça de São Paulo autorizou a soltura de dois nomes centrais do caso, Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, e Mário Otávio Gomes, executivo da Fast Shop, que deixaram a prisão após pagar fiança de R$ 25 milhões cada. Com indícios de que a rede de fraudes pode ser maior e mais ramificada, o MP-SP reforça que a apuração está longe de terminar, levantando suspeitas sobre um modelo estruturado e duradouro de corrupção tributária que pode ter movimentado mais de R$ 1 bilhão indevidamente.