O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ampliou, no último domingo (3), a investigação sobre o Sport Club Corinthians Paulista, visando apurar possíveis crimes de estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa nas gestões anteriores do clube. A Promotoria investiga a existência de uma empresa de fachada que teria sido utilizada durante a administração do ex-presidente Duilio Monteiro Alves.
Inicialmente focada na apropriação indébita relacionada ao uso de cartões corporativos nas gestões de Andrés Sanchez e Duilio Monteiro Alves, a investigação agora inclui um relatório de despesas da presidência de outubro de 2023. O promotor Cassio Roberto Conserino constatou, em visita ao endereço do suposto estabelecimento, que não existe comércio no local, levantando suspeitas sobre a emissão de notas fiscais.
O documento analisado pelo promotor revela que o Oliveira Minimercado emitiu sete notas fiscais para o Corinthians, totalizando R$ 32.580, entre 18 e 31 de outubro de 2023. Além disso, o MP-SP convocou para depoimentos o presidente interino do clube, Osmar Stabile, e outros membros da diretoria, enquanto o ex-motorista de Duilio, Denilson Grillo, também é alvo da investigação por ter assinado documentos com despesas suspeitas.
Em resposta, a defesa de Andrés Sanchez afirmou que todas as contas foram aprovadas e que os gastos foram justificados, enquanto Duilio Monteiro Alves expressou apoio à investigação, destacando seu compromisso com a transparência e a ética. O MP-SP recomendou ao Corinthians a implementação de mecanismos internos de controle e compliance para evitar futuras irregularidades.