O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou uma investigação sobre a aquisição de um drone no valor de R$ 365 mil pela Prefeitura de Diadema, destinada ao lançamento de gás lacrimogêneo em bailes funks. A compra, realizada pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), foi revelada pelo g1 no mês passado e faz parte do programa 'tolerância zero com os pancadões', implementado pela gestão do prefeito Taka Yamauchi (MDB).
A decisão de investigar foi tomada pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, após um pedido de investigação protocolado pela deputada federal Érika Hilton (PSOL) e pela vereadora Amanda Paschoal (PSOL). As parlamentares alegam que a compra sem licitação configura improbidade administrativa e levantam preocupações sobre a legalidade e a proporcionalidade do uso da força, especialmente em relação a adolescentes e jovens.
A Prefeitura de Diadema justificou a aquisição do drone afirmando que se tratava de um equipamento exclusivo, disponível apenas por uma única empresa no Brasil. Em julho, a gestão municipal declarou que o uso do drone faz parte de uma política mais ampla de segurança pública, com o objetivo de combater festas clandestinas e bailes funks na cidade. A investigação preliminar será conduzida pela promotora Ana Laura Ribeiro Teixeira Martins, da Promotoria de Justiça de Diadema.