O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) iniciou uma investigação sobre a compra de um drone no valor de R$ 365 mil pela Prefeitura de Diadema, na Grande São Paulo. O equipamento, que possui capacidade para lançar até 24 bombas de gás lacrimogêneo, foi adquirido sem licitação pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) e é parte do programa 'tolerância zero com os pancadões', do prefeito Taka Yamauchi (MDB).
A decisão de investigar foi tomada pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, após um pedido da deputada federal Érika Hilton (PSOL) e da vereadora Amanda Paschoal (PSOL). As parlamentares alegam que a falta de licitação configura improbidade administrativa e levantam preocupações sobre a legalidade do uso do drone, que pode violar direitos fundamentais, especialmente de adolescentes e jovens.
A Prefeitura de Diadema justificou a aquisição do drone como parte de uma política de segurança pública, afirmando que o equipamento é exclusivo e só pode ser fornecido por uma única empresa no Brasil. Em julho, a gestão municipal declarou que o uso do drone visa combater festas clandestinas e bailes funks, mas não se manifestou sobre a investigação em andamento. A promotora Ana Laura Ribeiro Teixeira Martins será responsável pela condução da investigação preliminar.