O Ministério Público de São Paulo solicitou a revogação da prisão de Fábio Seoane Soalheiro, suspeito de envolvimento na morte de sua namorada, Bruna Martello Carvalho, encontrada morta em 3 de agosto em Alphaville, Barueri. O pedido foi feito na última sexta-feira, 15, pelo promotor Vitor Petri, que argumentou que os laudos necroscópicos foram inconclusivos e que a determinação da causa da morte depende de exames ainda não concluídos. A promotoria alegou que a manutenção da prisão sem uma denúncia formal configuraria constrangimento ilegal.
A defesa de Soalheiro sustenta que ele não é o autor do homicídio e que Bruna teria falecido devido a uma convulsão. No entanto, a família da vítima e sua advogada contestam essa versão, afirmando que há evidências de homicídio por asfixia. A advogada Cecília Mello expressou indignação com o pedido do MP e destacou que a análise do caso foi feita de forma equivocada, considerando que ainda faltam exames complementares para esclarecer a causa da morte.
A situação é delicada, pois a revogação da prisão ainda está sob análise judicial e Soalheiro permanece detido. A defesa da família de Bruna busca novos elementos que comprovem o homicídio e destaca que o relacionamento entre o casal era conturbado, com indícios de abuso. O caso levanta preocupações sobre a violência doméstica e a necessidade de um olhar atento às dinâmicas abusivas em relacionamentos contemporâneos.