O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) oficiou o prefeito Ricardo Nunes nesta quarta-feira, 20 de agosto de 2025, questionando a origem da ordem que levou a Guarda Civil Metropolitana (GCM) a agir com violência contra artistas do Teatro de Contêiner Mungunzá. Na terça-feira, 19, os agentes da GCM retiraram à força os artistas de um prédio anexo ao teatro, utilizando gás de pimenta e alegando a necessidade de desocupação do imóvel, que está sob a gestão da Cia. Mungunzá desde 2016.
O MP requisitou esclarecimentos sobre a existência de mandado judicial ou ordem administrativa que justificasse a intervenção violenta, que incluiu agressões físicas e ameaças com armas letais. Além do prefeito, os questionamentos foram direcionados ao subprefeito da Sé e ao inspetor superintendente da GCM. O inquérito civil instaurado pelo MP visa apurar possíveis atos de improbidade administrativa relacionados à notificação extrajudicial da prefeitura para desocupar a área no bairro de Santa Ifigênia.
A prefeitura, que planeja revitalizar a área próxima à Cracolândia, não confirmou se há mandado judicial para a desocupação e informou que o prazo para a saída do teatro se encerra nesta quinta-feira, 21. O MP agendou uma reunião com representantes da administração municipal para o dia 8 de setembro, enquanto os artistas buscam regularizar o espaço junto à Secretaria de Cultura do município.