Um caso alarmante de tortura contra um menino autista de apenas quatro anos veio à tona em Araucária, Paraná. No dia 7 de agosto, o garoto foi encontrado amarrado pelos punhos e pela cintura a uma cadeira dentro do banheiro de uma escola particular, levando o Ministério Público do Paraná a denunciar as professoras da instituição pelo crime de tortura. A diretora e a pedagoga também foram acusadas de omissão imprópria, por permitirem e orientarem tais práticas abusivas.
A denúncia foi feita por uma funcionária da escola, que registrou a cena e acionou o Conselho Tutelar e a Guarda Municipal. Ao chegarem ao local, os agentes encontraram a criança descalça e em desespero, com os braços presos por fita adesiva e um cinto no corpo. A mãe do menino, Mirian Ambrozio, relatou o horror ao descobrir que seu filho estava amarrado no banheiro da escola, enquanto o pai, Augusto Ambrozio, recebeu a notícia em estado de choque.
Após o incidente, outras famílias começaram a relatar que seus filhos também haviam sido submetidos a contenções violentas na mesma escola. A investigação revelou que a Escola Shanduca operava com funcionários sem registro e sem formação adequada, incluindo adolescentes. A professora Sara Maria Erdeman Correia foi presa em flagrante por tortura, mas liberada posteriormente, enquanto o Ministério Público já solicitou sua prisão preventiva.