O Ministério Público do Amapá (MP-AP) iniciou, nesta semana, um processo de mediação entre o Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) e a Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil no Amapá (OAB/AP). O procurador-geral de justiça, Alexandre Monteiro, se reuniu com o diretor do Iapen, Luiz Carlos Gomes Júnior, e o presidente da OAB/AP, Israel Graça, para discutir as tensões surgidas a partir de reclamações de advogados criminalistas sobre as condições de atendimento aos seus clientes na penitenciária.
Durante o encontro, os representantes expressaram preocupações distintas: enquanto o Iapen prioriza a segurança administrativa da unidade prisional, a OAB/AP argumenta que as práticas atuais infringem as prerrogativas dos advogados. A instalação de uma câmera no parlatório é um dos pontos críticos da divergência, com a OAB solicitando uma perícia para verificar se o equipamento compromete a privacidade das conversas entre advogados e clientes.
Caso não haja um acordo sobre a remoção da câmera, Israel Graça afirmou que a OAB poderá recorrer ao Judiciário. Além disso, a lentidão no atendimento aos advogados no Iapen também foi mencionada como um fator que prejudica o exercício da profissão, evidenciando a necessidade urgente de uma solução equilibrada para as partes envolvidas.