Em 30 de agosto de 1875, cerca de 300 mulheres de Mossoró, no Rio Grande do Norte, protagonizaram um motim contra a convocação militar imposta pelo governo imperial. Armadas com pedras, facas e utensílios domésticos, elas destruíram editais de alistamento e depredaram a sede do jornal local, expressando seu descontentamento com o recrutamento que gerava pavor após as perdas sofridas na Guerra do Paraguai.
O episódio, conhecido como Motim das Mulheres, foi uma resposta à legislação que regulamentava o alistamento militar, visto como uma tentativa tardia de organizar o Exército brasileiro. Historicamente, o movimento reflete a insatisfação popular e a luta das mulheres em defesa de seus entes queridos, destacando a coragem e a organização feminina diante da opressão.
As consequências do motim foram significativas, revelando um ciclo de protestos populares contra o decreto de recrutamento. A revolta não apenas evidenciou a força das mulheres na sociedade da época, mas também marcou um momento crucial na história da resistência social no Brasil, enfatizando a necessidade de uma reflexão sobre as políticas militares e suas repercussões nas comunidades.