O jornalista José Roberto Guzzo, conhecido como J.R. Guzzo, faleceu na manhã deste sábado (2), aos 82 anos, em decorrência de um infarto. Guzzo, que já enfrentava problemas de saúde crônicos, foi um dos principais nomes do jornalismo brasileiro, atuando como ex-editor da revista Veja e colunista do O Estado de S. Paulo, além de ser um dos fundadores da Revista Oeste. O velório e o enterro ocorrerão no Cemitério de Congonhas, em São Paulo.
A morte de Guzzo gerou uma onda de homenagens de autoridades e colegas de profissão. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, destacou sua coragem e compromisso com a liberdade de expressão, chamando-o de "uma referência intelectual que nunca se calou diante do poder". O ex-deputado federal Deltan Dallagnol também prestou tributo, referindo-se a Guzzo como "um gigante do jornalismo brasileiro" e ressaltando sua defesa da operação Lava Jato e dos valores democráticos.
Diversos jornalistas e admiradores expressaram seu pesar pela perda. Silvio Navarro, que trabalhou com Guzzo, o considerou sua maior referência, enquanto Caio Blinder e Xico Graziano ressaltaram sua importância e integridade no jornalismo. Roger Rocha Moreira, vocalista da banda Ultraje a Rigor, o chamou de "o maior jornalista do Brasil", elogiando sua coragem e precisão analítica.
Ativo até seus últimos dias, Guzzo havia enviado uma coluna ao O Estado de S. Paulo na sexta-feira (1º), onde criticava a crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos. Com uma carreira que inclui passagens por importantes redações, Guzzo deixou um legado significativo no cenário jornalístico nacional.