O pianista brasileiro Miguel Proença faleceu na noite de sexta-feira (22) no Hospital São Vicente, no Rio de Janeiro, aos 86 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos. Nascido em 27 de março de 1939, em Quaraí, no Rio Grande do Sul, Proença descobriu sua vocação ainda criança ao ouvir o som de um piano em sua cidade natal. Sua morte foi anunciada nas redes sociais pelo cantor Márcio Gomes, amigo próximo, que destacou: “Miguel respirava Arte”.
Proença começou sua carreira tocando em bares e festas no sul do Brasil antes de se aprimorar na Alemanha, onde se apresentou em concertos. Ao retornar ao Brasil, fixou-se no Rio de Janeiro e construiu uma carreira reconhecida internacionalmente, com uma discografia que valoriza compositores brasileiros como Heitor Villa-Lobos e César Guerra-Peixe. Em 2005, lançou a coletânea Piano Brasileiro, que sintetiza sua técnica refinada e sensibilidade.
Além de intérprete, Proença foi um educador e gestor cultural influente, tendo dirigido a Sala Cecília Meireles e a Escola de Música Villa-Lobos. Como Secretário Municipal de Cultura, criou a Orquestra de Câmara da Cidade do Rio de Janeiro e promoveu a música erudita por meio do projeto Piano Brasil. Seu legado é um testemunho de sua paixão pela música e pela cultura brasileira.