Miguel Proença, um dos mais respeitados pianistas do Brasil, faleceu no último dia 22 de agosto, aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Nascido em Quaraí, Proença foi um fervoroso defensor da música brasileira, dedicando sua carreira a mostrar que o piano poderia expressar a cultura nacional. Com uma formação que incluiu estudos no Brasil e na Alemanha, ele se destacou por seu repertório que valorizava compositores como Villa-Lobos e Guerra-Peixe.
Ao longo de seis décadas, Proença não apenas construiu uma carreira internacional, mas também se tornou um importante gestor cultural, presidindo a Funarte e dirigindo a Sala Cecília Meireles. Seu projeto monumental, Piano Brasileiro, em 10 CDs, ainda é referência para estudantes e amantes da música. Proença acreditava que a emoção da música era tão importante quanto a técnica, e sua abordagem inclusiva buscava levar a música clássica a todos os públicos, independentemente da localização.
A morte de Miguel Proença representa uma grande perda para o cenário musical brasileiro. Ele deixa um legado de paixão pela música e uma legião de discípulos e admiradores. O velório ocorreu na Sala Cecília Meireles, onde ele atuou como diretor, simbolizando sua conexão duradoura com a cultura musical do país. Sua crença de que a música deve ser compartilhada e apreciada por todos continuará a inspirar futuras gerações de músicos e ouvintes.