O escritor brasileiro Luis Fernando Verissimo faleceu aos 88 anos em Porto Alegre, no último sábado. Durante mais de duas décadas, ele usou tirinhas em quadrinhos para expressar reflexões filosóficas e críticas sociopolíticas, especialmente em tempos de censura, quando os desenhos frequentemente diziam o que os textos não podiam. Suas tirinhas, publicadas principalmente no jornal Zero Hora, apresentavam personagens como duas serpentes que discutiam temas variados com o humor característico do autor gaúcho.
Verissimo, que se destacou por sua habilidade em combinar humor e crítica social, deixou um legado significativo na literatura brasileira. Suas tirinhas abordavam desde a finitude da existência até questões cotidianas, sempre com um toque de sagacidade. Em uma antologia publicada em 2010, ele comentou sobre suas criações, revelando que as cobras eram uma combinação de seu amor por quadrinhos e suas limitações como desenhista.
A morte de Verissimo representa uma grande perda para a cultura brasileira, pois ele foi um dos principais nomes do humor e da crítica social no país. Seu trabalho influenciou não apenas escritores, mas também artistas de diversas áreas, e sua capacidade de abordar temas complexos com leveza e inteligência continuará a ressoar nas gerações futuras.