O cartunista Jaguar, uma das figuras mais influentes do humor brasileiro, faleceu neste domingo (24), aos 93 anos. Conhecido por seu estilo provocador e por ser um dos fundadores do jornal O Pasquim, que se destacou na oposição à ditadura militar a partir de 1969, Jaguar deixou uma marca indelével na imprensa nacional. Sua trajetória inclui passagens por publicações renomadas como O Semanário, Manchete e Senhor, além de colaborações com o Correio da Manhã e a Folha, onde publicou cartuns até o mês passado.
Jaguar, cujo nome verdadeiro era Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, começou sua carreira no O Semanário e rapidamente se tornou uma referência no humor gráfico. Ele utilizou sua arte para criticar a realidade política e social do Brasil, especialmente durante os anos de repressão. Sua habilidade em capturar a essência do cotidiano brasileiro através de caricaturas e tiras cômicas fez dele um ícone cultural, reverenciado por gerações de leitores.
A morte de Jaguar representa uma grande perda para o cenário artístico e jornalístico do Brasil. Seu legado perdurará nas páginas da história da imprensa, inspirando novos artistas e críticos a continuarem sua luta pela liberdade de expressão. A influência de Jaguar se estende além do humor; ele é um símbolo da resistência e da criatividade em tempos desafiadores.