O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu ao Ministério da Justiça a extradição do ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro, acusado de vazar mensagens sigilosas. O pedido foi formalizado em 14 de agosto e a solicitação ao Itamaraty foi enviada em 20 de agosto, visando a cooperação com o governo da Itália. A situação se agravou em 22 de agosto, quando o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou uma denúncia contra Tagliaferro ao STF.
A denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) inclui acusações sérias, como violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigações. Segundo Gonet, Tagliaferro teria vazado informações confidenciais entre maio e agosto do ano passado, enquanto atuava como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE. A PGR argumenta que suas ações favorecem uma organização criminosa que dissemina notícias falsas e tenta desestabilizar as instituições democráticas.
A defesa de Tagliaferro refutou as acusações, alegando perseguição e afirmando que ele apenas confirmou informações já disponíveis. O ex-assessor expressou temor por sua segurança e manifestou a intenção de revelar dados que considera relevantes para a moralização do país. O desdobramento deste caso pode impactar significativamente a confiança nas instituições judiciais e eleitorais brasileiras.