O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou a extradição de Eduardo Tagliaferro, perito computacional que se encontra na Itália. O requerimento foi primeiramente enviado ao Ministério da Justiça e, em seguida, ao Itamaraty, para que os trâmites legais sejam formalizados junto às autoridades italianas. A defesa de Tagliaferro não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Tagliaferro, que atuou como assessor de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é acusado de ter vazado mensagens sigilosas que geraram uma crise entre ele e o ministro. O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) já iniciou os procedimentos para localizar o perito, que enfrenta acusações graves, incluindo violação de sigilo funcional e obstrução de investigação. O vazamento das informações é visto como uma tentativa de desestabilizar as instituições republicanas.
As implicações dessa extradição podem ser significativas, não apenas para Tagliaferro, mas também para a imagem do STF e a relação entre seus membros. A denúncia contra o ex-assessor reflete um ambiente tenso dentro do sistema judiciário brasileiro, onde questões de sigilo e integridade institucional estão em jogo. A situação continua a evoluir à medida que novas informações surgem sobre o caso.