O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pediu a extradição de Eduardo Tagliaferro, seu ex-assessor no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes relacionados ao vazamento de mensagens e petições sigilosas. Tagliaferro, atualmente na Itália, enfrenta acusações graves, incluindo violação de sigilo funcional e obstrução de investigação. O pedido foi encaminhado ao Ministério da Justiça e formalizado junto ao Itamaraty para que as autoridades italianas tomem as devidas providências.
A denúncia da PGR destaca que Tagliaferro teria repassado informações confidenciais entre maio de 2023 e agosto de 2024, incluindo diálogos internos de servidores do STF e do TSE. A conduta do ex-assessor é considerada ainda mais séria devido ao contexto em que ocorreu, com investigações em andamento sobre atos antidemocráticos que culminaram nos eventos trágicos de 8 de janeiro de 2023. A PGR enfatiza a necessidade de responsabilização diante da gravidade das infrações cometidas.
As implicações desse caso são significativas para o sistema judiciário brasileiro, especialmente em um momento em que a confiança nas instituições democráticas está sendo testada. A extradição de Tagliaferro poderá não apenas trazer à tona mais informações sobre os vazamentos, mas também reforçar a posição do STF na luta contra a desinformação e a proteção do Estado Democrático de Direito. O desdobramento desse processo será observado atentamente tanto no Brasil quanto internacionalmente.