O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) que a Polícia Penal do Distrito Federal passe a monitorar em tempo integral o ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar. A decisão estabelece que equipes devem realizar vigilância em tempo real no endereço residencial de Bolsonaro, com a condição de que o monitoramento seja discreto e não cause perturbações à vizinhança ou invasões à privacidade do réu.
Moraes enfatizou que o monitoramento deve evitar qualquer exposição indevida, incluindo a midiática, e deixou a critério da Polícia Penal do DF a utilização de uniforme e armamentos durante a execução da ordem. Além disso, o ministro oficiou a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal para que tome as providências necessárias e intimou os advogados de Bolsonaro sobre a decisão. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia se manifestado a favor do monitoramento integral, citando preocupações com um possível risco de fuga.
A determinação de Moraes reflete a crescente tensão em torno da situação jurídica de Bolsonaro, que enfrenta diversas acusações e investigações. O monitoramento contínuo pode ter implicações significativas para o ex-presidente, especialmente em um contexto onde sua influência política ainda é relevante. A PGR terá cinco dias para se manifestar sobre questões pendentes do processo, o que pode impactar os próximos passos legais de Bolsonaro.