O ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou neste sábado (30) que a Polícia Penal do Distrito Federal monitore presencialmente a área externa da residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília. A decisão foi tomada devido a preocupações sobre um potencial risco de fuga do ex-presidente, que atualmente cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. O monitoramento se refere à parte descoberta do terreno cercado da casa e inclui vistorias em veículos que saírem da residência.
A medida foi implementada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar contra o pedido da Polícia Federal para incluir vigilância dentro da casa de Bolsonaro, indicando que o risco maior estaria na área externa. Moraes já havia determinado, na terça-feira (26), que a Polícia Penal realizasse monitoramento 24 horas por dia no endereço do ex-presidente. A decisão visa garantir que Bolsonaro não tente fugir às vésperas de seu julgamento pela trama golpista, agendado para o dia 2 de setembro.
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, havia sugerido a entrada de policiais na residência para vigilância contínua, mas a PGR se opôs a essa medida. A decisão de Moraes reflete a preocupação com a segurança e a integridade do processo judicial que envolve o ex-presidente, em um momento crítico para sua defesa e para a estabilidade política do país.