O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que os policiais penais responsáveis pelo monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adotem uma postura discreta durante o cumprimento de sua prisão domiciliar. Em sua decisão, Moraes ressaltou que as equipes da Polícia Penal do Distrito Federal devem “evitar a exposição indevida, abstendo-se de toda e qualquer indiscrição, inclusive midiática, sem adoção de medidas intrusivas da esfera domiciliar do réu ou perturbadores da vizinhança”. O uso de uniforme e armamentos ficará a critério dos agentes envolvidos.
A determinação de Moraes foi influenciada por uma manifestação da Procuradoria Geral da República (PGR), que indicou um risco de fuga por parte do ex-presidente. Assim, o ministro ordenou um monitoramento em tempo integral das medidas cautelares impostas a Bolsonaro, com equipes designadas para acompanhar em tempo real o endereço residencial do réu. Para Moraes, essa vigilância é “adequada e necessária” para garantir a aplicação da lei penal.
Após a decisão, a Polícia Federal solicitou que a vigilância ocorresse 24 horas por dia, incluindo o interior da residência de Bolsonaro, argumentando que a presença apenas nas imediações não seria suficiente para prevenir uma possível fuga. A situação se torna ainda mais crítica com a proximidade do julgamento de mérito da Ação Penal 2.668/DF, que envolve o ex-presidente e suas medidas cautelares.