O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta terça-feira, 19, mais um recurso da defesa do coronel Marcelo Câmara, ex-assessor do presidente Jair Bolsonaro. A decisão mantém a prisão preventiva de Câmara, que é réu no núcleo de uma suposta trama golpista, sob a justificativa de que sua liberdade poderia comprometer as investigações em andamento.
Moraes argumentou que as razões que levaram à prisão de Câmara permanecem inalteradas e que não há possibilidade de substituição da prisão preventiva por medidas cautelares, dada a gravidade dos delitos e o risco de reiteração delitiva. O coronel teve sua prisão decretada em junho após ser acusado de burlar restrições impostas pela Justiça, mantendo contato com outros investigados através de seu advogado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também se manifestou contra a revogação da prisão, destacando a importância de resguardar a integridade das provas durante a fase instrutória do processo. A decisão de Moraes reflete a preocupação das autoridades com a gravidade dos crimes atribuídos ao coronel e a necessidade de garantir a continuidade das investigações sem interferências externas.