O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A visita está agendada para a segunda-feira, 1º de setembro, véspera do julgamento que analisará as acusações de tentativa de golpe de Estado contra Bolsonaro. Durante a visita, Damares deverá seguir rigorosas medidas de monitoramento, incluindo vistorias em veículos e fiscalização externa na residência do ex-presidente.
A decisão de Moraes, publicada no domingo (31 de agosto), reflete a preocupação com a segurança e a possibilidade de fuga de Bolsonaro, especialmente em um momento crítico que antecede seu julgamento. O ex-presidente é acusado de crimes graves, incluindo organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. Caso condenado, ele poderá enfrentar penas que variam entre 12 e 43 anos de prisão.
Damares Alves será a última aliada a visitar Bolsonaro antes do início do julgamento, que contará com a participação de outros sete réus. O ex-presidente terá uma equipe de nove advogados para defendê-lo durante o processo, que será conduzido pela 1ª Turma do STF. A proximidade do julgamento e as ações de aliados como Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos aumentam as tensões em torno do caso, destacando a relevância política e judicial deste momento.