O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, anunciou o reforço do policiamento na residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sob prisão domiciliar em Brasília. A decisão ocorre em meio à iminência do julgamento de Bolsonaro, marcado para começar em 2 de setembro, no qual ele é acusado de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Moraes destacou que a medida é necessária devido à atuação de Eduardo Bolsonaro, que supostamente tentou interferir no processo judicial.
A Ação Penal n. 2668/DF, da qual Jair Bolsonaro é réu, investiga tentativas de coação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O ex-presidente está sob monitoramento eletrônico e enfrenta restrições severas, incluindo a proibição de contato com autoridades estrangeiras e aproximação de embaixadas. A decisão de Moraes também responde a um pedido da Polícia Federal (PF), que expressou preocupações sobre uma possível fuga para a Embaixada dos Estados Unidos.
Com o julgamento se aproximando, as medidas de segurança visam garantir a ordem e a integridade do processo judicial. A PF já indiciou Bolsonaro e seu filho por coação no curso do processo, e a situação se torna ainda mais delicada com a possibilidade de novos desdobramentos legais. A defesa do ex-presidente nega as acusações e a situação continua a gerar intenso debate político e jurídico no Brasil.