O ministro Alexandre de Moraes determinou, neste sábado (30), o reforço do monitoramento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar desde 4 de agosto. A decisão foi tomada com o objetivo de evitar qualquer possibilidade de fuga, conforme destacado pelo ministro em sua ordem. Moraes enfatizou que a efetividade do monitoramento exige novas medidas que respeitem a privacidade dos demais residentes e garantam a lei penal.
As novas diretrizes incluem vistorias rigorosas de veículos que saírem da residência, com documentação detalhada sobre motoristas e passageiros, além de monitoramento presencial na área externa da casa, que faz divisa com outros imóveis. Essa ação ocorre em um momento crítico, já que o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado está agendado para terça-feira (2). Em uma decisão anterior, Moraes já havia autorizado um monitoramento integral da prisão domiciliar, que deve ser realizado pela Polícia Penal do Distrito Federal.
A intensificação do monitoramento reflete a gravidade das acusações contra Bolsonaro e a necessidade de garantir a ordem pública durante o processo judicial. A medida também levanta questões sobre os limites da privacidade em casos de figuras públicas envolvidas em investigações criminais. O desdobramento desse caso poderá ter implicações significativas para o cenário político brasileiro e para a percepção pública sobre a justiça no país.