O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou no sábado, 30, novas restrições à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). A decisão autoriza a Polícia Penal do Distrito Federal a vistoriar todos os veículos que saírem da residência do ex-presidente e impõe monitoramento presencial na área externa da casa, após alertas da Polícia Federal sobre riscos de fuga e falhas no rastreamento eletrônico.
Na segunda-feira, 25, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu um reforço na vigilância sobre Bolsonaro, citando o risco de fuga. A PGR avaliou a possibilidade de ampliar o monitoramento da prisão domiciliar, especialmente na área externa da casa, mas descartou a necessidade de presença permanente de agentes dentro do imóvel. Moraes, em sua decisão, ressaltou que a prisão domiciliar continua sendo uma restrição à liberdade individual e que as novas medidas buscam conciliar a garantia da lei penal com a preservação da privacidade dos demais moradores.
O monitoramento externo foi solicitado pela Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, que apontou a existência de “pontos cegos” no terreno. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília, mas não em razão do processo do golpe de Estado que começa a ser julgado na próxima terça-feira, 2. A ordem cautelar foi decretada em outro inquérito que investiga o ex-presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suspeita de coação ao STF.