O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta terça-feira (26) que haja monitoramento em tempo integral das medidas cautelares impostas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília desde 4 de agosto. A decisão foi motivada pela avaliação de Moraes sobre o risco de fuga do ex-presidente, especialmente em razão da atuação de seu filho, Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos tentando influenciar as autoridades locais para reverter o processo judicial contra seu pai.
Moraes destacou que a proximidade do julgamento, marcado para 2 de setembro, intensifica a necessidade de vigilância. O despacho menciona a atuação delitiva de Eduardo Bolsonaro para interferir no andamento da ação penal que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado. Além disso, o ministro já havia solicitado um parecer da Procuradoria-Geral da República sobre o reforço policial na residência de Bolsonaro, que foi favorável ao pedido, considerando o risco de fuga para a Embaixada dos Estados Unidos.
A decisão de Moraes estabelece que equipes da Polícia Penal do Distrito Federal devem realizar vigilância discreta e em tempo real no endereço residencial de Bolsonaro. O ministro enfatizou a importância de evitar qualquer exposição indevida e intimou os advogados do ex-presidente sobre a nova determinação. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal também foi oficiada para tomar as providências necessárias.