O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu um prazo de 15 dias para que Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de seu gabinete, apresente sua defesa em relação às denúncias de vazamento de conversas sobre inquéritos que investigam ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF). As informações vazadas, publicadas pela ‘Folha de S.Paulo’, incluem pedidos feitos por Moraes para a produção de relatórios sobre alvos de investigação e a disseminação de fake news contra ministros da Corte.
De acordo com um relatório da Polícia Federal, Tagliaferro teria envolvimento no vazamento, o que configura uma possível violação de sigilo funcional e indícios de coação e obstrução de investigações. O ex-assessor, que foi chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nega as acusações e deixou o Brasil em direção à Itália após sua exoneração.
As implicações desse caso são significativas, uma vez que envolvem questões cruciais sobre a integridade das instituições democráticas e a luta contra a desinformação. O Ministério da Justiça já solicitou a extradição de Tagliaferro ao Itamaraty, o que poderá trazer novos desdobramentos legais e políticos para o cenário nacional.