O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de 48 horas para que a defesa de Jair Bolsonaro (PL) apresente justificativas sobre o descumprimento de medidas cautelares e um suposto plano de fuga à Argentina. A determinação surge após a Polícia Federal indiciar Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por tentativa de obstrução da ação penal que investiga a articulação golpista de 2022, com ambos acusados de coação no processo e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A investigação da PF revelou que Bolsonaro continuou a violar restrições impostas pelo STF, utilizando redes sociais para disseminar mensagens proibidas e mantendo contato com outros investigados. Além disso, foi encontrado um arquivo no celular do ex-presidente com um esboço de pedido de asilo político ao presidente argentino Javier Milei, indicando que ele se considera perseguido por motivos políticos.
Essas revelações não apenas complicam a situação legal de Bolsonaro, mas também levantam questões sobre sua estratégia política e possíveis alianças futuras. O caso pode ter implicações significativas para o cenário político brasileiro, especialmente em relação à credibilidade do ex-presidente e à resposta das instituições judiciais diante das alegações apresentadas pela PF.