O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para que a defesa de Jair Bolsonaro apresente esclarecimentos sobre um documento que solicita asilo político, encontrado no celular do ex-presidente. O pedido, que estava salvo desde 2024, foi descoberto durante uma investigação da Polícia Federal (PF) que indiciou Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, por tentativas de burlar medidas cautelares relacionadas a uma suposta trama golpista.
Na decisão, Moraes destacou que o relatório da PF revela diversas ações para contornar restrições que impediam o contato com investigados e o acesso às redes sociais. O documento, sem assinatura e data, menciona a possibilidade de Bolsonaro solicitar asilo ao presidente argentino Javier Milei. Além disso, o ministro citou interações entre o general Braga Netto e Bolsonaro, mesmo após proibições legais.
A intimação da defesa ocorre em um contexto delicado para o ex-presidente, que pode enfrentar consequências legais severas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) agora avaliará se apresentará denúncias contra Bolsonaro e Eduardo ao STF, o que poderá impactar significativamente a trajetória política do ex-presidente e suas futuras aspirações.