O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro se manifeste em 48 horas sobre os reiterados descumprimentos de medidas cautelares impostas pela Corte. A decisão, proferida em 20 de agosto de 2025, também menciona condutas ilícitas atribuídas ao ex-presidente e um ‘comprovado risco de fuga’, conforme apontado pela Polícia Federal em relatório. Moraes destacou a existência de um rascunho de pedido de asilo político na Argentina, indicando que Bolsonaro possuía documentos que poderiam facilitar sua evasão do país.
Além disso, o relatório da Polícia Federal revelou que Bolsonaro e seu filho, Eduardo Bolsonaro, discutiram estratégias para buscar apoio internacional e pressionar o STF. O ex-presidente é alvo de investigações por tentativa de golpe de Estado e por ações que visam constranger autoridades da Corte. Moraes ordenou que, após a manifestação da defesa, os autos sejam enviados imediatamente à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá o mesmo prazo para se manifestar sobre as evidências apresentadas.
As implicações dessa decisão são significativas, uma vez que o STF continua a investigar as ações de Bolsonaro em relação à sua atuação política e suas tentativas de influenciar o Judiciário. A situação gera um clima de incerteza política e jurídica no Brasil, especialmente considerando as alegações de fuga e as discussões sobre as estratégias do ex-presidente. O desdobramento deste caso poderá impactar não apenas a carreira política de Bolsonaro, mas também a confiança nas instituições democráticas do país.