O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresente esclarecimentos em 48 horas sobre o descumprimento de medidas cautelares impostas pela Corte. A decisão, proferida em 20 de agosto de 2025, refere-se ao ‘comprovado risco de fuga’ identificado pela Polícia Federal em um relatório que indiciou Bolsonaro e seu filho, Eduardo, por coação no curso da investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado.
Moraes também mencionou a existência de um rascunho de pedido de asilo político na Argentina, datado de fevereiro de 2024, que poderia facilitar a saída do ex-presidente do Brasil. Segundo o relatório da PF, o documento sugere que Bolsonaro planejava fugir do país para evitar a aplicação da lei penal, alegando perseguição política como justificativa para o pedido de asilo.
As implicações dessa decisão são significativas, pois revelam não apenas a gravidade das acusações contra Bolsonaro, mas também levantam questões sobre sua intenção de se exilar. A situação pode intensificar o debate político no Brasil e impactar a percepção pública sobre a segurança jurídica e a estabilidade democrática no país.