O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a tentativa de golpe de Estado, e o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, articularam um cronograma para o julgamento de Jair Bolsonaro, previsto para iniciar em 2 de setembro. A estratégia, conhecida como ‘seguro anti-vista’, foi elaborada para evitar que um pedido de vista atrase a conclusão do caso para 2026, conforme reportado pela CNN Brasil.
Para garantir a fluidez do processo, Zanin e Moraes definiram um intervalo de cerca de dez dias entre a entrega das alegações finais e o início do julgamento. Além disso, Moraes disponibilizou aos ministros um link com todos os documentos e provas coletadas durante a investigação, promovendo um ambiente de preparação antecipada. As sessões ocorrerão entre os dias 2 e 12 de setembro, com as duas primeiras dedicadas às sustentações orais das defesas e da acusação.
Essa organização é crucial para que o julgamento não seja suspenso no final do ano. Caso haja um pedido de vista inesperado, o prazo regimental de 90 dias expiraria antes do recesso do STF, permitindo que o caso seja retomado ainda em 2025. A Primeira Turma é composta pelos ministros Moraes, Zanin, Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.