O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou neste sábado (30) o reforço nas medidas de monitoramento da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar em um condomínio no bairro Jardim Botânico, em Brasília. A decisão foi motivada por um parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet, que se manifestou contra a presença contínua de agentes da Polícia Federal na residência, mas a favor do aumento da segurança nas proximidades.
Moraes autorizou a Polícia Penal do Distrito Federal a realizar monitoramento presencial na área externa da residência e vistorias nos veículos que saírem do local. As vistorias devem ser documentadas e enviadas ao STF diariamente, com informações sobre motoristas e passageiros. O ex-presidente, que está sob prisão domiciliar desde agosto, será julgado na próxima terça-feira (2) junto a outros réus envolvidos em uma suposta trama golpista.
Além das medidas de segurança, a Polícia Federal descobriu que Bolsonaro possuía um documento de asilo político para ser apresentado ao presidente da Argentina, Javier Milei. A defesa do ex-presidente alegou que o documento era apenas um rascunho e negou qualquer tentativa de fuga do país. O desdobramento desse caso pode ter implicações significativas para a política brasileira e para a imagem pública de Bolsonaro.