Nesta terça-feira (26), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar em relação ao inquérito que investiga Eduardo Bolsonaro (PL) por coação, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A decisão também se refere às medidas cautelares aplicadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar em Brasília.
O Inquérito 4.995/DF foi instaurado a pedido da PGR e investiga três acusações contra Eduardo Bolsonaro: tentativa de influenciar processos judiciais, obstrução de apurações sobre organização criminosa e atentados ao Estado Democrático de Direito. Além disso, a PGR deve se pronunciar até 1º de setembro sobre um relatório da Polícia Federal que indiciou tanto Eduardo quanto Jair Bolsonaro no inquérito relacionado ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil.
Com a prorrogação do prazo, a PGR tem até a próxima segunda-feira (01) para apresentar seu parecer sobre os pontos do inquérito. A decisão de Moraes também autorizou a Polícia Penal do Distrito Federal a realizar vigilância integral na residência do ex-presidente, em resposta a um pedido do deputado Lindbergh Farias (PT) para reforçar a segurança na área e evitar tentativas de fuga.