O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou que brasileiros foragidos da justiça estariam negociando com autoridades estrangeiras para implementar medidas econômicas que visam interferir no julgamento da Ação Penal 2.668, relacionada aos eventos de 8 de janeiro. As declarações foram feitas durante a abertura do 2º semestre do Judiciário, onde Moraes destacou a gravidade das ações que, segundo ele, buscam criar uma crise econômica no país para pressionar os poderes Judiciário e Legislativo.
Moraes enfatizou que o STF continuará a atuar como guardião da Constituição, assegurando que as ações penais em andamento serão conduzidas com total respeito ao devido processo legal. Ele garantiu que não cederá a pressões externas ou internas e que os responsáveis por tentativas de coação serão responsabilizados. O ministro reafirmou seu compromisso em dar uma resposta definitiva à sociedade sobre os responsáveis pela tentativa de golpe.
Além disso, a abertura do semestre judicial foi marcada pela ausência de cinco dos onze ministros do STF em um jantar oferecido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, evidenciando a falta de consenso entre os magistrados. A divisão no STF se intensificou após Moraes ter sido alvo de sanções pela Lei Magnitsky dos Estados Unidos, resultando em uma recusa da maioria dos ministros em assinar uma carta de apoio ao colega. Essa situação reflete a tensão interna no tribunal e a complexidade das relações entre os poderes.