O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se manifestou nesta sexta-feira, 1º, em resposta às sanções financeiras impostas pelo governo dos Estados Unidos, através da Lei Magnitsky, a agentes públicos brasileiros. Durante uma sessão no STF, Moraes enfatizou a força das instituições brasileiras e a importância da soberania nacional, citando o escritor Machado de Assis e o ex-presidente dos EUA, Abraham Lincoln.
Moraes destacou que a soberania deve ser genuína e não um conceito vazio, e criticou a "organização miliciana" que, segundo ele, atua contra o Brasil e suas autoridades. Embora não tenha mencionado diretamente os deputados Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo, que têm defendido as sanções nas redes sociais, o ministro os chamou de covardes e traiçoeiros.
O ministro também garantiu que os quatro núcleos denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em relação a uma tentativa de golpe de Estado, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, serão julgados ainda neste semestre pela Primeira Turma do STF. Moraes reafirmou que o tribunal não se acovardará diante das pressões externas e que a independência judicial será defendida de forma inflexível.
"Enganam-se aqueles que esperam fraqueza institucional ou debilidade democrática", afirmou Moraes, assegurando que os responsáveis pelas ações golpistas serão responsabilizados. O discurso do ministro reflete a determinação do STF em manter sua autonomia e a integridade do sistema judiciário brasileiro.